quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Metodologia para o Trabalho final

Lidamos com a Psicologia todos os dias e sequer percebemos.
Comecemos pelo senso comum. Quem nunca foi chamado de histérico, bipolar, ou algo do tipo? Pois, podemos até arriscar modificar um certo ditado popular e afirmar que "de psicólogo e louco, todo mundo tem um pouco".
A isso chamamos de "Psicologia do Senso Comum", que são as teorias que cada indivíduo tem de como funciona o ser humano. Essas teorias são, consequentemente, passadas de gerações em gerações.
A Psicologia Científica, assim como a do senso comum, tem a ver com o funcionamento humano, mais especificamente, o funcionamento do comportamento humano e seus processos mentais, mas, como o próprio nome (científica) sugere, há uma série de investigações e estudos.
Temos três correntes principais que acabaram por originar as diversas correntes da psicologia, são elas: a psicanálise, o behaviorismo e a gestalt.
A psicanálise, enquanto método de investigação, busca o significado do que está oculto e que é manifestado por meio de ações, palavras, sonhos e delírios, enquanto a prática profissional refere-se à forma de tratamento que busca o autoconhecimento.
A palavra-chave da psicanálise é "inconsciente", que é a instância da mente onde existem experiências reprimidas, as mesmas, podem ser liberadas através da "associação livre". 
Podemos citar como exemplo de experiência reprimida, o Complexo de Édipo.
O problema (ou não) é que temos dois instrumentos de trabalho principais da psicanálise que ajudam e atrapalham, concomitantemente. São eles a resistência, onde o indivíduo boicota o tratamento, e a transferência, onde o indivíduo transfere os conteúdos (de afeto, amor e ódio) que provém dos pais para o analista.
O behaviorismo tornou-se importante por definir o fato psicológico de modo concreto, através da noção de comportamento. Dedica-se ao estudo de interações entre os indivíduos, e entre os indivíduos (suas respostas) e o ambiente (suas estimulações).
A principal área de aplicação do behaviorismo é a educação, através do chamado "ensino programado", que tem como objetivo, garantir a aprendizagem por meio do condicionamento operante, numa relação estímulo-resposta. 
O behaviorismo tem contribuído muito para a educação de criança excepcionais.
Porém o behaviorismo também pode auxiliar em outros diversos setores, como na publicidade e na administração.
A gestalt critica o behaviorismo, pois considera que o comportamento, quando estudado de maneira isolada de um contexto mais amplo, pode perder seu significado (o seu entendimento) para o psicólogo.
Para a gestalt não se pode ter conhecimento do "todo" por suas partes, pois o todo é maior que a soma das partes. De modo que A+B nunca será AB, e sim C, um novo elemento, com características próprias.
A gestalt está mais presente no nosso dia a dia do que imaginamos, como nas faixas do asfalto, nas luzes das avenidas, nas embalagens, na arquitetura e nos meios de comunicação Alguns dos conceitos utilizados, como a “boa forma” e “figura-fundo“, podem ser vistos nas logomarcas.

Síntese do texto "Grupos" - Pérolla Caldas e Dandara Santos

A psicologia da Dinâmica de Grupo
Tem como função básica analisar as estruturas do grupo. Desenvolve experiências sobre o grupo.
Constata-se que o grupo não é uma realidade estática, é um processo em desenvolvimento.
O grupo e o ambiente formam um campo social, em que o comportamento social resulta das inter-relações das entidades que o compõe.
Para Moreno, que é considerado um dos iniciadores do trabalho de grupo, através do psicodrama, possibilita-se o florescimento da espontaneidade e a eliminação de papeis crônicos frutos das conservas culturais cristalizadas. Esse florescimento permite assumir papeis, adaptando-se a situações atuais.
 A sociometria abordada por Moreno é um ferramenta para estudos das interações entre os grupos. Como as escolhas interpessoais ligam o grupo às pessoas.

Para Herbert Kelman, a complacência influencia a atuação do individuo. Uma pessoa adota uma atitude ou opinião só para conseguir uma reação favorável do grupo. Ou através da internalização, a pessoa adota uma atitude adaptando-a a sua necessidade.

Ocorre também a  avaliação para a adoção de um determinado comportamento baseado no equilíbrio e o custo do mesmo, ( Thibaut e Kelly)
O grupo trabalha  no nível de tarefa, colaborando entre si. O mesmo cresce seguindo etapas, como a dependência ( o líder comanda) ; Luta (inicio da maturidade) ; Pareamento ( O grupo liga-se ao líder).

Para Bales, que enfatizou seu trabalho na interação dos elementos do grupo, existem 4 problemas com quais os grupos de defrontam:

  • Adaptação aos fatores externos
  • Controle instrumental
  • Expressão e administração de sentimentos
  • Desenvolvimento e manutenção de interação

As análises dos perfis podem servir para localizar pertubações e problemas no grupo.

Os principais tipo de grupos são:

  • Grupo de treinamento (Visa a aprendizagem)
  • Grupo de trabalho (Objetivo de executar tarefas)
  • Grupo de terapia ( Ajuda os membros com problemas de comportamento. Foca no " eu" intimo)
  • Grupo de formação (Os participantes, durante a aprendizagem, devem despir-se das "mascaras", dos status e papeis impostos pela sociedade e tratar uns aos outros de pessoa para pessoa.)
  • Grupo de encontro (Tem um líder, e são encorajados a liberar as suas defesas e relacionar-se mais abertamente com os outros)

Nas organizações:

  • Grupos formais (Surgem a partir das divisões do trabalho)
  • Grupos informais (Surgem espontaneamente, através de relações entre pessoas formalmente desiguais e entre pessoas que cruzam as linhas departamentais)
Os grupos psicológicos surgem da interação entre as pessoas num determinado momento e são moldadas através da convivência e das alianças que são formadas. A psicoterapia de grupo faz do fenômeno grupal seu campo de investigação e de possíveis investigações terapêuticas. Na psicoterapia grupal, o que se passa naquele momento evidencia que aquele campo está sendo trabalhado pela interação de seus participantes.

(Bion) A terapia de grupo pode referir-se ao tratamento de um certo número de pessoas, ou a um esforço para descobrir as forças que levam a obtenção de uma fácil  atividade cooperativa entre o grupo. O grupo de terapia é um grupo de trabalho de que participam indivíduos com problemas de comportamento.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Cultura Organizacional- Pérolla Caldas

O que é Cultura Organizacional?

A cultura organizacional de uma empresa está relacionada com os valores e o sistema que existe dentro da mesma. Todas as empresas possuem uma cultura organizacional. Elas possuem possuem personalidade forte, e podem ser rígidas ou flexíveis, inovadoras ou tradicionais, podem ter cultura forte ou fraca.
Em resumo, diz respeito a um conjunto de valores que são compartilhados por todos os membros para que se possa atingir seu objetivo final.

Existem alguns valores que caracterizam a cultura de uma organização, são esses:

Inovação e assunção de riscos
Atenção aos detalhes
Orientação para os resultados
Orientação para as pessoas
Orientação para as esquipes
Agressividade
Estabilidade


A essência da cultura de uma empresa é expressa através da forma como ela realiza seus negócios, como ela trata seus funcionários, o grau de autonomia dos empregados, o grau de lealdade dos funcionários com relação a empresa. Por essa razão,ela condiciona a administração das pessoas.

É necessário mudar a cultura organizacional para que se possa obter revitalização e inovação. O que faz uma empresa forte é o respeito mútuo interno. As diversidades devem ser empregadas juntas em torno de um único compromisso. Só se consegue uma cultura organizacional forte onde as pessoas têm os valores e princípios da empresa disseminados de forma clara onde todos tem orgulho de fazer parte.

Os componentes da cultura organizacional:

 Artefatos (Incluem os produtos, serviços e padrões de comportamento dos funcionários. São todos os eventos que nos mostram a cultura da organização.)

Valores compartilhados (São os valores relevantes que se tornam importantes e que definem as razões pelas quais as pessoas fazem o que fazem.)

Pressuposições básicas (São as crenças, as pressuposições em que as pessoas acreditam.)

Histórias (Passagens, contos, acertos e erros do fundador da empresa.)

Rituais e cerimonia (São atividades repetitivas que ajudam a reforçar os valores da cultura organizacional e reduzir os conflitos entre os funcionários)

Símbolos Materiais (As salas, as mesas, os tamanhos dos escrtitórios definem o grau de igualdade ou diferenciação entre as pessoas.)

Linguagem (São termos singulares para descrever esquipamentos, escritórios, pessoas e etc.)

 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Psicodrama ( Espontaneidade, Cristalização e conserva natural) - Aluna: Pérolla Caldas

Para Moreno, o ato do nascimento é o primeiro ato de espontaneidade. Quando a permanência intra-uterina se torna impossível  o feto buscar um lugar mais apropriado. Portanto, o nascer  é um ato compartilhado em que os diferentes esforços do feto integram-se com os da mãe, resultando num processo de individualização e, em seguida, se implanta a matriz de identidade.  Na teoria da espontaneidade a categoria do momento possui um significado, um lugar.

E para haver espontaneidade, é necessário  o individuo fazer parte de um universo aberto.
A conserva cultural,  faz com que o individuo cristalize o seu processo de criação, ou de um ato criador. Para Moreno, é necessário q a conserva cultural seja só o ponto de partida do individuo. 

A proposta da revolução criadora de Moreno é a recuperação da espontaneidade e da criatividade perdidas, através da catarse mental. O princípio produtor da catarse é a espontaneidade.

O trabalho da psicoterapia, é restabelecer a espontaneidade e a criatividade daqueles que a perderam. Daqueles que presos a expectativas socioculturais, em seus desempenhos de papéis, agem de forma estereotipada e cristalizada. 

Psicodrama (Espontaneidade; Conserva Natural; Cristalização) Por: Dandara Santos

O Psicodrama de Moreno é um método de ação profunda e transformadora, que trabalha tanto as relações interpessoais como as ideologias particulares e coletivas que as sustentam.
O Psicodrama é orientado pela emoção e espontaneidade, produzindo catarse emocional e insigths cognitivos. Explora o psíquico humano e seus emocionais. Como terapia pode ser aplicado em hospitais, clínicas e consultórios. Como "método de ação" pode ser aplicado em organizações (empresas).

Segundo Moreno, o nascimento seria o primeiro ato espontâneo. Porque quando o desenvolvimento do feto atinge um grau que já não é compatível com a cavidade uterina, a busca do feto por um ambiente adequado às suas necessidades não é mais passiva.
Na teoria da espontaneidade a categoria do momento possui um significado, um lugar. Para isto é necessário fazer parte de um universo aberto, pois em um universo fechado não há crescimento, espontaneidade ou criatividade.
A Conserva cultural oferece ao indivíduo um serviço análogo, garantindo a ele a preservação e a continuidade do seu ego. Para a manifestação da criatividade é necessário que as conservas culturais constituam somente o ponto de partida e a base da ação, sob pena de transformarem em seus obstáculos - cristalização de um processo de criação ou de um ato criador.
Moreno nos apresenta o fator "Tele", que é definido por ele como "uma ligação elementar entre indivíduos e entre indivíduos e objetos.
Obs.: No homem, desde o nascimento desenvolve-se um sentido das relações interpessoais (sociais).
Para Moreno é praticamente impossível um desenvolvimento do fator tele sem alteração, devido as interferências que o sujeito sofre ao longo de sua evolução. O conjunto de alterações psicopatológicas da tele compõe a transferência (embotamento ou à ausência do fator tele).
Na teoria da ação o fundamento essencial é a experiência da ação livre, espontânea, que proporciona ao sujeito recuperar suas melhores condições para a vida criativa. Para agir de modo espontâneo é preciso que "nos entendamos" conosco e com o outro.
A dramatização é, por excelência, o método para o autoconhecimento.
A proposta da revolução criadora de Moreno é a recuperação da espontaneidade e da criatividade perdidas, através da catarse mental.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Psicanálise (Contextualização do filme "A Máfia do Divã") Por: Dandara Santos

A Psicanálise "enquanto método de investigação, caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é manifestado por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres, os atos falhos. A prática profissional refere-se à forma de tratamento - a análise - que busca o autoconhecimento.
Uma das palavras-chaves do assunto psicanálise é: INCONSCIENTE.
O inconsciente é a instância da mente onde existem experiências reprimidas. O mesmo pode ser liberado através da "associação livre". Porém, temos dois instrumentos de trabalho principais, que ajudam e atrapalham ao mesmo tempo. São eles a resistência e a transferência. Na resistência o indivíduo quer mudar, mas uma parte dele (no inconsciente) boicota o tratamento, enquanto na transferência o paciente transfere os conteúdos (de afeto, amor e ódio, concomitantemente) que provém dos pais para o analista.

- A MÁFIA DO DIVÃ

No filme "A Máfia do Divã" o protagonista tem repentinamente ataques de ansiedade, e acaba procurando secretamente um psiquiatra. O paciente é diagnosticado com transtorno de pânico, que é um transtorno que refere-se a situações geradoras de muito estresse. O paciente apresenta sintomas como sufocação, dores no peito e medo de ataques.
A psicanálise vem para explicar e diagnosticar esses "ataques de ansiedade".
Antigamente utilizava-se o método da hipnose, onde se obtinha acesso direto ao inconsciente do paciente, certos paciente que apresentavam "tiques nervosos" conseguia até mesmo parar esses tiques enquanto hipnotizados (resultado temporário).
Atualmente, porém, utiliza-se mais o método de "associação livre", onde o paciente, conscientemente, relata o que se passa.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Psicodrama Por: Pérolla Caldas

O que é Psicodrama?

Psicodrama é uma psicoterapia de grupo que explora o psique humano e seus emocionais. É uma representação dramática. Tem como base a criatividade e espontaneidade.
É um método de ação que trabalha as relações inter-pessoais, sejam ela pessoais ou coletivas.

Durante as sessões de psicodrama, os participantes são estimulados a expressar livremente as criações de seu mundo interno, seja na produção mental de uma fantasia concretizada em cena ou numa determinada atividade corporal.
Através do psicodrama podemos abordar e explorar a psique humana e seus vínculos emocionais.

É orientado pela emoção, pelo grupo e pela co-criação, pois busca promover estados espontâneos, discriminar e integrar, com certa harmonia, o individual com o coletivo, o mundo interno com a realidade compartilhada. Produz catarse emocional e insights cognitivos. Para isso, usa tanto a comunicação verbal como a não verbal.

A teoria da espontaneidade

Está ligada dialeticamente à criatividade, compreende uma fenomenologia, uma metapsicologia, uma psicotécnica, uma psicopatologia e uma psicologia genética. As que possuem maiores riquezas são a Psicotécnica ou treinamento da espontaneidade que, ainda que pareça parado, procura resgatar o espontâneo perdido pelo homem ao logo da sua existência e a Psicologia Genética, que grossamente revisando: a criança, ao nascer, realiza seu primeiro ato criativo: é o primeiro ato de catarse de integração. Nasce com uma capacidade criadora própria do ser humano que irá completando com a maturidade e com a ajuda dos outros. O primeiro eu-auxiliar é a sua própria mãe. Ao longo de sua infância, à medida que vai vivendo os diversos papéis e em contato com os agentes sociais, desenvolve essa capacidade criadora e atrofia em maior ou menor medida, de acordo com o tipo de relações e na medida em que as "tradições culturais" lhe sejam impostas pelos mais velhos. Esses agentes da sociedade lhe submetem, durante o desenvolvimento, condutas estereotipadas, repetitivas, ritualistas, muitas delas para ela e para os demais vazias de significado, assim como também ajudam o desenvolvimento da espontaneidade. Depende de cada caso e do meio em que vive a criança em um determinado momento histórico-social. O ato do espontâneo está intimamente ligado ao instante, dali surge a noção do aqui e agora. A filosofia do momento opõe-se à duração, os benefícios do instante, do presente, em constante mudança. É lugar (lócus) onde se dá o crescimento. Segundo Moreno, esta experiência primitiva da identidade configura o destino da criança. Em toda essa primeira etapa, os papéis são psicossomáticos. A segunda etapa é a do reconhecimento do Eu. A criança observa o outro (mãe) como algo diferente dela. Integra as diferentes partes do seu corpo numa unidade e é a partir dali que se diferencia. É na segunda etapa que aparecem os papéis psicodramáticos.
Moreno faz uma pormenorizada descrição da evolução da imagem do mundo da criança, distinguindo:
  1. Matriz de identidade total: primeiro universo: tudo é um. As configurações estão configuradas pelos atos.
  2. Matriz de identidade total diferenciada: segundo tempo do primeiro universo diferenciam-se as unidades, porém têm o mesmo grau de realidade, os indivíduos, os objetos imaginários e os reais.
  3. Matriz da lacuna entre fantasia e realidade: começam a se organizar dois mundos, o da realidade e o da fantasia. Isto, na linguagem moreniana, marca o começo do segundo universo. O ideal é que o indivíduo possa dominar a situação e que não desenvolva um mundo real em detrimento da fantasia, nem vice-versa.


O termo "papel" é um conjunto das várias possibilidades identificatórias do ser humano. Os papéis psicodramáticos expressariam, as distintas dimensões psicológicas do eu (self) e a versatilidade potencial de nossas representações mentais. Nesta teoria, toma se os papéis como núcleo do desenvolvimento egóico, e à medida que a criança cresce e se diferencia, vai podendo ampliar seu leque de papéis. Alguns papéis ficarão inibidos, necessitando, posteriormente, serem resgatados (função do Psicodrama).